Maneiras novas de se fazer coisas antigas. Conheça um aplicativo para jogar “Stop” que será lançado muito em breve. Testamos em primeira mão na Campus Party.
O “Stop” é um jogo que fez – e ainda faz, mesmo que de maneira não tão forte – parte da vida das pessoas. Baseia-se em sortear uma letra e preencher palavras começadas com ela em uma tabela com itens como fruta, país, adjetivo, entre outros; sua imaginação delimita as categorias. Quem termina primeiro diz “Stop!” e então começa a contagem dos pontos.
O princípio é simples. Mas é um jogo que vem atrelado, geralmente, a boas memórias de uma época na qual os jogos e aparelhos tecnológicos não eram tão acessíveis quanto são hoje. Isto faz dele um clássico.
Contudo, vocês sabem como é o saudosismo. Às vezes, aparentemente sem motivo, você sente uma vontade de reviver uma experiência. Foi o caso de uma amiga de Heitor Tashiro. Mas como estamos em outro momento tecnológico, ele foi buscar por um aplicativo que desempenhasse o papel do jogo. Não encontrou.
Heitor, um jovem empreendedor de apenas 22 anos que estudou Tecnologia em Jogos Digitais, viu aí uma oportunidade de negócio. Junto com seu sócio, Rafael, abriu uma startup, a Invaders Game Studio, e desde então tem trilhado um caminho que vale a pena ser ressaltado.
O aplicativo já venceu hackthons como uma da The Next Web, e um desafio de empreendedorismo do SENAC. Ele é, dizendo de maneira bem simples, um jogo de “Stop”. Uma letra é sorteada e o usuário preenche os espaços de cada tema e então, assim que ele completa todos os temas, a rodada se encerra. A interação é através da rede.
Entretanto, assim como no SongPop, há também a possibilidade dos dois usuários estarem conectados em momentos diferentes. O aplicativo faz a leitura dos tempos e depois os compara, tirando daí o vencedor da rodada. Outro ponto interessante é a possibilidade de adicionar categorias ao jogo. Testei em primeira mão e o parecer é favorável.
A princípio, o software está em processo de aprovação na loja online da Apple, mas em breve deverá estar disponível para o público. No momento não devemos esperar para tão cedo uma versão para Android ou Windows Phone, embora este último esteja relativamente encaminhado. O motivo é simples: são apenas duas pessoas lidando com um grande volume de trabalho, seja na parte de desenvolvimento ou comercial.
Como todo iniciante no Brasil, apesar do cenário ter se mostrado bastante positivo para o futuro, ainda sofre na hora de procurar investimentos. “Muita gente quer parceria, mas ninguém quer investir”, comenta Heitor. Ele e seu sócio têm bancado o negócio por conta própria. A dupla deseja buscar visibilidade e provar que o negócio é rentável e, a partir daí, expandir a companhia para o desenvolvimento de outros tipos de aplicativos.
O aplicativo será gratuito, mas possui algumas categorias de itens que serão pagos.