No fim do ano passado a Microsoft lançou – tardiamente – sua linha de tablets. Inicialmente, o produto lançado foi o Surface com o Windows RT. Já no dia 9 deste mês, o Surface Pro com Windows 8, chegará ao mercado na esperança de melhorar as vendas da Microsoft que tem sido tímidas com o primeiro modelo lançado.
O produto foi desenvolvido para levar todos os recursos de seu principal sistema operacional para um tablet. Ele roda todos os programas, mas tem alguns contras que podem exercer bastante peso no momento da escolha do consumidor. Estes contras também tem deixado a opinião especializada desfavorável ao produto.
De acordo com Walt Mossberg, do All Things D, o tablet é pesado, caro e consome muita energia. Em seu teste usual, a bateria durou menos de quatro horas. Metade do que um iPad geralmente suporta.
Outro fator preocupante é a memória interna. O sistema operacional ocupa 45GB. Ou seja, o modelo de 128GB tem 83GB de memória livre de fato. Mais preocupante ainda é o caso do Surface Pro de 64GB, que fica com apenas 19GB de memória livre. Lembrando ambos possuem apenas wi-fi, segundo a Reuters, e que o preço do modelo inicial é de 899 dólares. 70 dólares mais caro do que o iPad de mesma capacidade.
O Surface Pro foi criado para ser um híbrido entre tablet e PC. Mas não desempenha muito bem nenhuma das funções. Algo que é interessante, contudo, é como a companhia tem focado o produto no setor corporativo. Resta saber se isto será suficiente para compensar os investimentos.
Se a ideia é vencer a disputa contra o iPad – que agora também tem modelo de 128GB –, vai precisar oferecer mais do que isso ao consumidor final.
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