Com 20 anos de idade, o estudante Ahmed Al-Khabaz descobriu uma falha no código de um sistema usado na Dawson College, no Canadá, onde estudava Ciência da Computação, que comprometia os dados pessoais de mais de 250 mil estudantes, inclusive ele. Logo após comunicar o problema, foi expulso da instituição.
Ele estava trabalhando no desenvolvimento de um aplicativo móvel para promover o acesso dos estudantes as suas contas no sistema de maneira mais fácil. Foi quando descobriu uma parte no código do sistema que apresentava um descuido que permitia qualquer um com algum conhecimento básico com computadores, segundo ele, ter acesso a informações pessoais como endereço, telefone, número do seguro social, agenda de aulas… entre outras informações, comuns a qualquer universitário.
Ahmed então, nas palavras dele, sentiu-se no dever moral de comunicar a falha. A princípio a escola o agradeceu. Após dois dias ele voltou a testar o programa para ver se o problema havia sido corrigido.
Ele então recebeu o telefonema da empresa responsável e, mesmo explicando que era aluno da instituição e estava apenas testando, foi acusado de estar atacando o código e que por isso poderia até ficar preso por um período entre seis meses e um ano. Ahmed teve que ir até a empresa, por vontade deles, e assinar um termo de confidencialidade sobre o assunto.
Então veio a grande surpresa. A instituição em que ele estudava alegou que a conduta dele para um profissional de computação não era adequada e o expulsou. Ahmed está recorrendo da decisão na justiça. Uma pena que alguém que só estava agindo de maneira ética tenha que passar por isso.
Com informações do jornal canadense National Post.
Nenhum comentário:
Postar um comentário